Fala-se em construção de uma terceira via para enfrentar Bolsonaro e Lula nas eleições de 2022. Nada mais legítimo, a democracia permite essa alternativa, porém, essa tal terceira via carece de nome viável, discurso, ou mesmo um projeto alternativo. Isso é o suficiente para o fracasso, e como se não bastasse, falta-lhes a matéria prima, sua excelência o VOTO. Simples assim.
Antes da entrada de Lula no páreo, havia dezenas de oportunistas se arvorando em ser a opção entre Bolsonaro e PT, dentre eles, até animador de auditório e heróis de pé de barro. Essa fartura de nomes evaporou-se com a volta de Lula, escafederam-se, cada qual voltando correndo para suas zonas de conforto.
O empresário milionário foi obrigado pelo partido que ajudou a criar a cair fora da disputa. O milionário animador de auditório preferiu sair pela tangente e continuar a amealhar fortuna animando as tardes de domingo. O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, foi abatido em pleno voo pela Vaza Jato, STF, pelos lulistas e bolsonaristas, não lhe restando mais alternativas senão trabalhar fora do país na iniciativa privada.
O que restou? Restou pouca coisa ou quase nada, como por exemplo o capenga governador de SP, o qual não consegue ao menos ultrapassar a barreira partidária para se candidatar, é candidato de si próprio, um mitômano que nada agrega e com rejeição enorme no próprio estado que governa.
Ciro Gomes não é e nunca foi terceira via, é outro candidato de si próprio, uma metralhadora ambulante que atira ao sabor dos ventos, sem direção, sem alvo, parecendo cada vez mais com uma biruta de aeroporto.
Diante da evidente polarização entre Bolsonaro e Lula, a terceira via em vez de se debruçar sob projetos alternativos aos dois, se agarra em fio desencapado como a CPI da pandemia na expectativa estúpida de que personagens como Renan Calheiros, relator dessa indignidade, que usa mortos para se projetar, produza relatório que possa afastar Bolsonaro da presidência impedindo-o de concorrer.
É dever de todo cidadão brasileiro o fortalecimento da democracia, não se pode enfraquece-la com o mi m i mi golpista toda vez que assumir um presidente que não agrada uma parcela da população. O tapetão não é uma via democrática vez que banalizado, é traumático, deixa sequelas, enquanto as urnas, mesmo que “eletrônicas”, não deixarão dúvidas da opção legitima da maioria dos brasileiros. É isso. Gostem ou não. É imperativo que seja assim.
Por mais que a imprensa se sinta prejudicada e atacada pelo governo Bolsonaro, não deveria cair na armadilha do revidar por revidar, retaliar a qualquer custo, construírem narrativas falsas em detrimento dos fatos, pois, agindo assim, abrirão uma brecha enorme para que a mentira permeie a sociedade como um todo, igualando-se indelevelmente ao que critica.
A democracia se faz com voto, e mi mi mi não alcança esse objetivo!!!
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